terça-feira, 30 de agosto de 2016

Primeira turma de refugiados conclui curso de empreendedorismo do Sebrae

                  
 A primeira turma de refugiados que vivem legalmente no Brasil e foram treinados pelo Sebrae para serem empreendedores se formou esta semana, em São Paulo. 
Durante dois meses, esses estrangeiros obrigados a deixar os países de origem por causa de perseguição racial, política, religiosa ou vítimas de violação de direitos humanos aprenderam a pensar em novos negócios, gerar renda e a recomeçar a vida.
O curso é uma parceria entre o Sebrae e o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça. Dividido em quatro fases, o treinamento começou em junho, com palestras e aulas a distância. 
Na etapa seguinte, os refugiados participaram de cursos presenciais oferecidos pelos consultores do Sebrae. Já na parte final do treinamento, eles receberam informações sobre como formalizar um negócio e como obter crédito empresarial.
No dia da formatura, puderam inclusive conhecer linhas de crédito de instituições financeiras como o Banco do Brasil.
Reportagem retirada do site http://www.brasil.gov.br/


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

''Os dois judocas congoleses representaram os refugiados mas o sentimento foi de lutar em casa, literalmente''




Pela primeira vez tivemos participação de refugiados nos Jogos Olímpicos o que mudou muito a vida dos refugiados que participaram e dos próximos que irão enxergar uma nova esperança através do esporte. Yolande Bukasa e Popole Misenga, ''os dois judocas congoleses representaram os refugiados
 mas o sentimento foi de lutar em casa, literalmente''.  Desde 2013 estão vivendo no Brasil e  tiveram toda a torcida brasileira ao seu lado. Para os dois os jogos já acabaram porém continuaram treinando e vivendo no Brasil ‘’ para mais um capítulos do sonho olímpico’’.

‘’ Vou continuar no Brasil, sou pai de uma brasileira, minha mulher é daqui e ela está gravida de novo. Não posso sair mais, tenho que cuidar da minha família. Aqui já virou o meu país.’’ Disse Popole.

Yolande sente saudades da família, que ficou na África, mas não pensa em voltar agora. ‘Brasil já é minha casa. Vou ficar aqui, morar aqui. Estou aqui no Brasil vivendo minha vida aqui. Essa oportunidade foi mandada por Deus.’

Após o frisson da Olimpíada, os dois voltam aos treinos no Instituto Reação. O instituto os acolheu e os colocou em nível de competição, com o trabalho do sensei Geraldo Bernardes. Yolande lutou uma vez, contra a israelense Linda Bolder, e foi derrotada. Já Popole venceu seu primeiro combate e só parou quando enfrentou o campeão mundial Gwak Dong Han, da Coreia do Sul.

“Defendi muita chave, ele quase quebrou meu braço, mas eu falei [para mim mesmo] 'não vou deixar, não vou bater [desistir da luta]', para mostrar ao mundo inteiro que nós somos capaz de estarmos aqui. Para mim, fui vitorioso”, diz Popole. “O Popole voltou. Acho que na próxima competição vou lutar mais, ninguém vai acreditar que Popole está lutando, melhorando mais”, diz, orgulhoso.

O olhar do judoca se ilumina ao ser perguntado sobre o apoio dos brasileiros na abertura dos jogos, no Maracanã, e em sua participação no tatame. “Para mim foi incrível. Não esperava isso. Eu já tinha botado na minha cabeça que eu era refugiado, que meu esporte já tinha acabado. Minha esperança de vida já não existia mais. Agora eu já estou firme, estou voltando. O Popole voltou”.

Além de treinar, os dois estão nas salas de aula. O primeiro passo é conseguir falar português com desenvoltura e, então, colocar em dia os estudos. “Agora estou aprendendo porque na África eu não estudei, por causa da situação da família. Lá na África a família precisa pagar para estudar. Eu estou aqui, me ajudaram a estudar, essa oportunidade não pode largar”, diz Yolande.

O orgulho do treinador também é enorme. Ele garante que os dois fazem parte do Instituto Reação, independente da Olimpíada. “Eles continuam. Quando foram descobertos pelo COI, eles já estavam no Reação. Eles são fruto do Reação, a casa deles é o Reação. Vamos continuar dando treinamento para eles, mais atenção, sendo que deve ter uma ajuda do COI agora porque viram que o projeto deu certo”.

Na avaliação de Geraldo, o que os dois fizeram na Olimpíada, sobretudo Popole, pode ser chamado de “milagre”. Em pouco tempo tiveram que aprender as novas regras do judô e afiar a luta que já não praticavam em competições há muito tempo. “Acho que o que eles fizeram foi um milagre. Ela precisa de mais uma melhoria técnica. Ele precisa de mais treinamento, mais experiência, viajar, participar. Há muito tempo eles não participavam de nenhuma competição”.

Para Mark Adams, diretor de comunicações do Comitê Olímpico Internacional (COI), a participação dos refugiados foi um dos fatos mais marcantes dos Jogos Rio 2016 até agora. “É muito bom ver o time de refugiados, ver esses atletas competindo é emocionante, toca a todos. O espírito olímpico é isso, sentir-se parte de alguma coisa. Acho que vou lembrar dos jogos assim. Esses atletas competindo foi emocionante”.
Adams afirmou que o COI já estuda com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) uma forma de apoio para a continuidade da delegação de refugiados para os próximos jogos, em Tóquio 2020. “O COI vem trabalhando com agências da ONU e temos uma relação próxima da Acnur. Será discutido como eles receberão apoio para participar de Tóquio”.

Reportagem retirada do site www.agenciabrasil.ebc.com.br

Jogos Paralímpicos contarão com a presença de dois refugiados

Pela primeira vez teremos dois atletas paralímpicos refugiados, um da Síria e outro do Irã, participando dos Jogos Paraolímpicos que esse ano de 2016 será no Rio de Janeiro. Eles vão compor a Equipe de Atletas Paralímpicos Independestes.

Um deles se chama Ibrahim Al-Hussein, que cresceu em Deir ez-Zor, na Síria onde foi atingido por uma bomba em 2013. Ele perdeu a parte inferior de sua perna direita, abaixo do joelho. Ibrahim então fugiu para a Turquia e, em 2014, viajou em um barco inflável para a Grécia, onde vive refugiado até hoje. Depois da perda Ibrahim pensou que nunca nadaria novamente. "Depois de 22 anos de treinamento, o meu sonho finalmente se tornou realidade", afirmou o atleta, que desde criança treinava natação com seu pai. Nos Jogos Paralímpicos, Ibrahim irá competir nos 50 metros e 100 metros nado livre na classe S10. Em abril, Ibrahim conduziu a Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016 por um campo de refugiados em Atenas.

O outro atleta que irá participar da Paralimpíada se chama Shahrad Nasajpour, um iraniano que teve concedido o pedido de refúgio nos Estados Unidos, mas ainda não é considerado refugiado. Shahrad tem paralisia cerebral e competirá no arremesso de discos, na classe esportiva F37.

Segundo a Acnur, a população de refugiados e deslocados internos no mundo já ultrapassa 65 milhões. “Os atletas deslocados vão levar uma mensagem de esperança, não só para os milhões de pessoas deslocadas com deficiência em todo o mundo, mas para todas as pessoas, em todos os lugares”, diz a Acnur.

Noticia adaptada do site http://www.brasil.gov.br/

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Jordânia: Mensagem de apoio ao #TeamRefugees de uma estudante refugiada




Sírios já representam 1/4 dos refugiados no Brasil





Brasil tem 8.731 refugiados de 79 nacionalidades (Foto: Arte/G1)
Brasil tem 8.731 refugiados de 79 nacionalidades (Foto: Reprodução/Cartodb)


Um em cada quatro refugiados no Brasil é sírio. É o que mostram dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, obtidos pelo G1. Em 2015, houve 532 novas concessões para os habitantes do país do Oriente Médio, que vive uma guerra civil que não cessa.
O Brasil conta hoje com 8.731 refugiados de 79 nacionalidades diferentes, sendo 2.252 sírios.
O número de concessões de refúgio aos sírios em 2015 representa 43% do total de solicitações aceitas (1.231). Milhões de pessoas já deixaram a Síria em busca de refúgio em nações vizinhas e, em alguns casos, em países distantes como o Brasil. O embate no território, considerado uma ‘mini guerra mundial’, envolve forças locais, regionais e internacionais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são mais de 250 mil mortos. Já o Centro Sírio para Pesquisa Política fala em mais de 400 mil óbitos em decorrência do conflito.
Homem vê destroços de mercado na cidade de Maarat al-Numan, na Síria, nesta terça-feira (19) (Foto: REUTERS/Ammar Abdullah)Destroços de um mercado na cidade de
Maarat al-Numan, na Síria; mais de 1,5 milhão já
deixaram o país (Foto: REUTERS/Ammar Abdullah)
O número de refugiados sírios pelo mundo supera 1,5 milhão. Para o secretário nacional de Justiça e presidente do Conare, Beto Vasconcelos, o Brasil tem tido uma “postura protagonista no plano internacional” no que diz respeito ao acolhimento desses cidadãos. “O país tem sido extremamente proativo em relação à abertura para pessoas em situações sensíveis na pior crise humanitária desde a 2ª Guerra Mundial.”
Segundo ele, medidas como a emissão de um visto especial para os sírios e a criação de programas de melhoria da recepção e atenção aos habitantes do país têm surtido efeito.
Em São Paulo, foram implementados dois Crais (Centros de Referência e Acolhida para Imigrantes e Refugiados). Outros dois, um em Porto Alegre e um em Florianópolis, deverão ser implantados ainda neste ano. “A ideia é criar uma rede de acolhimento provisório, assistência jurídico-social e psicológica e referência sobre serviços públicos”, diz Vasconcelos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O esporte salvando vidas


- Existe uma equipe olímpica de refugiados, e ela desembarco no estado do Rio de Janeiro no dia 29/07, os atletas são refugiados do Sudão Sul e vivem no Quênia, e vieram para disputar diferentes modalidades de atletismo. ( Esta é a primeira equipe olímpica de refugiados criada na história.) A equipe olímpica foi criada pelo comitê olímpico internacional e teve a decisão apoiada pela ACNUR ( Agência da ONU para Refugiados ) que viu uma oportunidade a mais para muitos refugiados.

Fonte da fotografia: www.acnur.org

Integrar é preciso

        A guerra na Síria já provocou quase 5 milhões de refugiados e a pior crise humanitária em 70 anos. Com o aumento do fluxo no Brasil, o governo decidiu tomar medidas que facilitassem a entrada desses imigrantes no território e sua inserção na sociedade brasileira. Em setembro de 2013, o (CONARE) publicou a Resolução nº. 17 que autorizou as missões diplomáticas brasileiras a emitir visto especial a pessoas afetadas pelo conflito na Síria, diante do quadro de graves violações de direitos humanos. Em 21 de setembro de 2015, a Resolução teve sua duração prorrogada por mais dois anos. Os critérios de concessão do visto humanitário atendem à lógica de proteção por razões humanitárias, ao levar em consideração as dificuldades específicas vividas em zonas de conflito, mantendo-se os procedimentos de análise de situações vedadas para concessão de refúgio.
-Abaixo segue um gráfico que mostra as solicitações de asilo dos refugiados em 2014:
fonte: www.acnur.org